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O que é Hi-Fi Rush, o jogo revelado de surpresa no Developer_Direct?

O que é Hi-Fi Rush, o jogo revelado de surpresa no Developer_Direct?

Vou colocar assim: mesmo surpreso pela Tango Gameworks ter secretamente feito e lançado um novo jogo, eu estava ainda mais surpreso pelo jogo ter rapidamente me feito lutar contra um robô gigante em cel-shading ao ritmo da batida da música “1,000,000” do Nine Inch Nails, porque Hi-Fi Rush é algo praticamente único: um jogo de ação de ritmo da forma mais literal possível – um clássico jogo de ação focado em ritmo.

Enquanto o choque inicial pode ser ele estar disponível hoje mesmo para jogar no Xbox Series X|S e PC Windows (e de graça para aqueles que assinam Xbox Game Pass e PC Game Pass), o sentimento que se seguiu foi de surpresa por esse ser um jogo da Tango Gameworks. Para um estúdio que é conhecido por suas raízes no gênero de terror – tendo criado a série The Evil Within e lançado Ghostwire: Tokyo ano passado – esse é um novo jogo bem mais acolhedor, engraçado e estranho que poderia imaginar.

Se você ainda está tentando se orientar, deixe-me te dar um resumo de como é a primeira hora do jogo (então não se preocupe com spoilers aqui!):

Eterno Som Perfeito

Pense nesse jogo como um álbum-conceito que conta a história de Chai – um aspirante a rockstar que só queria um braço robótico maneiro da corporação Vanderlay – mas que se viu no meio de uma conspiração de companhia de tecnologia quando seu tocador de música é acidentalmente colocado no peito e começa a sincronizar o mundo com sua própria playlist. Ele logo é considerado um modelo defeituoso e programado para ser descartado violentamente – e você vai guiá-lo em sua fuga.

Hi-Fi Rush é algo como o filme “Em Ritmo de Fuga (Baby Driver)” dos videogames. Não é só um jogo feito para ouvir a trilha, mas um jogo impulsionado pela música em cada aspecto. Combos precisam ser feitos no mesmo tempo da música para uma pontuação maior, inimigos telegrafam os ataques deles mais com o som do que com a animação, e desafios de plataforma dependem de você poder “ler” a música tanto quanto o cenário. Diabo, a animação do Chai parado é ele estalando os dedos junto com o que quer que você esteja ouvindo no momento.

Tudo isso é impulsionado por uma trilha sonora pesada em guitarra digno de um bar de rock. A maior parte das fases é animada pelas músicas criadas pela própria Tango Gameworks, e que muda conforme você progride, crescendo lindamente junto com suas próprias proezas de combate. Quanto mais dano e dentro do ritmo são seus combos, mais encorpada fica a trilha. Uma vez que você conseguir um combo nível S, a trilha vai estar tocando por completo, impelindo você a continuar lutando com perfeição só para ouvir mais do som.

Só que, ao chegar em uma parte da história ou uma luta de chefe, aí as coisas atingem outros níveis com a adição de músicas licenciadas. A abertura do jogo apresenta o começo da música “Lonely Boy”, do The Black Keys, e termina com uma luta de chefe tocando o já mencionado trecho do Nine Inch Nails. A sensação de jogar com algumas faixas clássicas graças as suas proezas no jogo é algo marcante – e fazer isso por meio do combate é uma forma inovadora de recriar a diversão da era dos jogos de ritmo de instrumentos de plástico. Eu não vejo a hora de descobrir quais outras músicas estão na playlist.

O Estilo do Amor

Como todas as grandes bandas sabem, a música é só parte do apelo, e Hi-Fi Rush tem os trajes para combinar com trilha. O jogo tem uma estética de desenhos animados dos anos 1990 que passavam nas manhãs de sábado, com uma paleta de cores em neon chamativo, traçado forte e animações exageradas.

As cutscenes são um deleite, feitas com uma adorável tecnologia de animação facial que dá vida ao Chai, e instantaneamente marca o elenco de vilões burocratas como nêmeses que adoramos odiar e com as quais estaremos batendo de frente (ou com guitarradas) ao longo de todo o jogo. Ele também justifica esse visual com um tom de história que é igualmente caloroso – isso é acima de tudo uma comédia e apresenta piadas visuais desde o começo.

Tudo isso é melhorado por alguns toques adoráveis de histórias em quadrinhos que faz lembrar animações como “Homem-Aranha no Aranhverso”, com onomatopeias pipocando ao seu redor, grandes momentos (como acertar o último golpe em um chefe, por exemplo) recebem um redesenho como se fosse uma página dupla, e até mesmo é possível perceber técnicas de desenho de HQ no fundo das cenas.

A Vabdeley Tecnologias, o campus tecnológico transformado em prisão que representa o mundo do jogo, apresenta um horizonte irregular e futurístico sob um céu azul perfeito, e seus corredores tortuosos são feitos para esconder itens colecionáveis, histórias engraçadas e muitos espólios – o que vão ser bem úteis quando você chegar sua base escondida. É aqui onde a ação mais tradicional do jogo começa a se mostrar (o que era de se imaginar, dado a conexão da Tango com lendário game designer de ação Shinji Mikami), oferecendo a habilidade de trocar seu estilo de luta para se adaptar a suas necessidades, e aumentar a pontuação dos combos.

Foi esse ponto final que me deixou realmente animado para jogar mais. Dentro dessa primeira hora, eu já sabia que a premissa única de Hi-Fi Rush iria funcionar comigo, e que o seu visual já tinha me conquistado. Porém, essa promessa de que há tanto mais para descobrir – como mecânicas que estamos mais acostumados em jogo como Vanquish ou Devil May Cry – é onde eu quero me aprofundar enquanto deixo a playlist no modo repetição.

Hi-Fi Rush está disponível hoje para Xbox Series X|S e PC Windows. O jogo está de graça para baixar com uma assinatura de Xbox Game Pass ou PC Game Pass.

Fonte: Xbox Wire

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