Segunda temporada da série Halo: “Os riscos são altos – essa é uma história de guerra”
A série live-action de Halo sempre foi sobre oferecer uma perspectiva diferente. Onde os jogos sempre nos colocam com uma visão dentro do capacete, a série da Paramount+ dá um passo pra trás e oferece pontos não tão familiares em uma história tão conhecida por milhões de fãs.
Na segunda temporada, que estreou já com dois episódios na Paramount+ nesta quinta-feira (8), isso nunca foi tão verdade. Sabemos pelos trailers que nessa temporada abordaremos uma guerra com os Covenant que se aproxima cada vez mais do solo humano e, crucialmente, vamos chegar aos eventos da icônica e épica A Queda de Reach.
Porém, a veremos de uma perspectiva que não tivemos antes e, como vimos na primeira temporada, com mudanças na história da série de jogos, aumentando o fator surpresa.
Nós batemos um papo com a chefe de expansão de IP e entretenimento em Xbox (e lenda de Halo), Kiki Wolfkill para debater como os criadores da série deram um novo olhar a eventos tão lendários, e até mudar o tom da série em relação a primeira temporada.
“Com a segunda temporada, nos aproximamos dos eventos que começamos a ver nos jogos”, explica Wolfkill. “Obviamente os eventos em Reach, que as pessoas viram em trailers, é um marco histórico enorme na cronologia do universo de Halo, e também é crucial para a história – porque marca o momento em que o Covenant realmente se aproxima. Reach é nossa última defesa antes que eles encontrem a Terra.
“”Nós realmente tentamos honrar esse evento pelo que ele significa. Mas também, o que fizemos foi vê-lo de uma perspectiva diferente – podemos vê-lo no campo de batalha. Podemos vê-lo pela perspectiva dos soldados, fora do Noble Team, que é onde Halo: Reach se foca. E assim você obtém uma história muito diferente que surge disso, ao ver o que significa para um fuzileiro passar por isso – o que significa para uma cidade cair e quão aterrorizante isso é.”
Mas Reach é só uma parte dessa história, e saber como chegamos a esse momento será um importante para a segunda temporada: “Estamos cerca de seis meses depois dos eventos da primeira temporada”, explica Wolfkill. “E o ambiente está bem diferente. A UNSC teve muitas mudanças, o Covenant estão cada vez mais próximos.
Por isso, diria que a grande coisa com a segunda temporada, o ponto de partida é que a humanidade está em uma situação desfavorável. Vimos na primeira temporada que o Covenant estava nas Colônias Externas – eles realmente se aproximaram do lar da humanidade na segunda temporada… Então encontramos nossos Spartans em uma situação diferente enquanto a ameaça se torna cada vez maior. Os riscos parecem mais altos, mas muito no universo mudou nesses seis meses.”
Isso vem com uma mudança de tom geral para a série também. Wolfkill diz que a segunda temporada reflete suas apostas mais desesperadas com uma mudança em como a série se apresenta, o que foi ajudado pelo novo showrunner David Wiener (“Fear of Walking Dead”).
“A séries está mais pé no chão, e muito mais sombrio”, diz Wolfkill. “Ele meio que voltar as raízes com aqueles comerciais para Halo 3: ODST, sabe? Os riscos são altos, e esta é uma história de guerra. Nós realmente queríamos que o público sentisse a ameaça, e não apenas a visse.”
“Queríamos, de verdade, que fosse uma experiência visceral”, ela continua. “Queríamos que fosse assustador, que fosse intenso, e que fosse emocional com o que acontece com alguns dos nossos personagens. Ao mesmo tempo, estou bem orgulhosa dos momentos de ação. O que eu adoro é que essa interligação entre drama de personagens interessante e também ação e riscos. Passamos muito tempo reestruturando algumas de nossas sequências de ação para obter essa sensação mais visceral – e acho que isso é algo que as pessoas serão capazes de perceber imediatamente.”
Claro que vendo personagens conhecidos em novos contextos vai continuar sendo uma parte principal da segunda temporada: Master Chief, Silver Team e mais vão retornar, e Wolfkill diz que a jornada de Chief de revelação do papel dele para a humanidade vai ser o tema principal para a narrativa dele aqui. Porém, a série de Halo está apresentando novas perspectivas ao longo do caminho.
“Temos alguns ótimos novos personagens”, diz uma animada Wolfkill. “Temos o coronel James Ackerson, que é do cânone dos jogos, interpretado por Joseph Morgan, que é excelente. O que é animador ao trazer Ackerson que ele é um personagem o vemos em livros e quadrinhos, e sempre foi uma espécie de contraponto sombrio para [Catherine, a criadora da Cortana] Halsey… Isso nos permite explorar isso de uma forma que, na verdade, não vivenciamos nos jogos.”
“E também apresentamos um personagem chamado Cabo Perez, interpretada por Cristina Rodlo, que vemos no começo do primeiro episódio como uma fuzileira – voltando à perspectiva de fuzileira, e de novo, o quão assustador é ver um Elite ou Sangheili pela primeira vez em batalha. Há todo aspecto de terror nisso”.
Tudo isso contribui para tornar a segunda temporada de Halo uma perspectiva muito empolgante: uma história que ajuda a avançar um conto intrigante para aqueles que já estão investidos no programa, e uma nova reflexão de eventos dos jogos que são queridos por milhões de fãs de Halo.
Você pode começar essa jornada agora mesmo ao assistir aos dois primeiros episódios da segunda temporada no Paramount+ nesta quinta-feira, com novos episódios chegando semanalmente.
Essa entrevista foi feita por Malik Prince e foi editada para contexto e clareza.
Fonte: Xbox Wire
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